The Matter Breathes
There is a silent moment when the wood seems to respond to touch.
It’s not just the sound of friction between the tool and the material — it’s a dialogue.
Between gesture and matter, a listening emerges.
The artist does not dominate. He yields.
He allows the material to reveal its own will, its texture, its temperature, its rhythm.
It is within this act of surrender that making becomes a sensorial experience —
where the body becomes an extension of the work, and the work, a mirror of the body.
Every fragment of wood carries an ancient memory.
Each cut is a broken conversation that continues through the hands.
To create, then, is to remember.
To remember that the world is not made of fixed forms, but of pulses —
and that gesture is the visible translation of the invisible energy that moves through us.
In the Studio, creation is a state of being.
The scent of wood, the weight of tools, the sound filling the space —
all take part in the same vital movement.
Here, manual work is not technique: it is meditation.
It is a meeting between the human and the essential.
If art is born from the gaze, the Studio is where the gaze becomes matter.
And where matter returns the gaze — asking to be felt, understood, continued.
A Matéria Respira
Há um instante silencioso em que a madeira parece responder ao toque.
Não é apenas o som do atrito entre a ferramenta e o material — é um diálogo.
Entre o gesto e a matéria, nasce uma escuta.
O artista não domina. Ele cede.
Permite que a matéria revele sua própria vontade, sua textura, sua temperatura, seu ritmo.
É nesse espaço de rendição que o fazer se transforma em experiência sensorial — onde o corpo se torna extensão da obra, e a obra, um espelho do corpo.
Cada fragmento de madeira carrega uma memória antiga.
Cada corte é uma conversa interrompida que continua pelas mãos.
Criar, então, é lembrar.
Lembrar que o mundo não é feito de formas fixas, mas de pulsos — e que o gesto é a tradução visível dessa energia invisível que nos atravessa.
No Studio, a criação é um estado.
O cheiro da madeira, o peso das ferramentas, o som que preenche o espaço — tudo participa do mesmo movimento vital.
Aqui, o trabalho manual não é técnica: é meditação.
É encontro entre o humano e o essencial.
Se a arte nasce do olhar, o Studio é o lugar onde o olhar se transforma em matéria.
E onde a matéria devolve o olhar — pedindo para ser sentida, compreendida, continuada.